Casamentologia, Paternologia, Maternologia e Familiologia?
- dornellasnatanael
- 23 de ago.
- 2 min de leitura
A Grande Lacuna da Vida: Onde Estão os Diplomas para o Amor e a Família?
No percurso da vida, somos incentivados e preparados para buscar excelência em diversas áreas. Desde cedo, dedicamos anos aos estudos, escolhendo e nos aprofundando em cursos superiores como Medicina, Psicologia, Economia, Direito, Engenharia, entre tantos outros. E assim, nos tornamos profissionais habilidosos, capacitados para solucionar problemas complexos, inovar e contribuir significativamente para o mercado de trabalho e para a sociedade em suas estruturas materiais.
Essa dedicação é, sem dúvida, louvável e necessária. Formamos mentes brilhantes, capazes de transformar o mundo em termos de infraestrutura, saúde, finanças e tecnologia. Mas, ao mesmo tempo, uma pergunta crucial surge: onde estão os cursos superiores para a vida em si?

Não existe uma "Casamentologia" formal com currículo e diploma universitário. Nenhuma faculdade oferece uma "Paternologia" ou "Maternologia" para nos preparar para a mais desafiadora e recompensadora das tarefas: criar filhos emocionalmente saudáveis e resilientes. Tampouco encontramos uma "Familiologia" para nos guiar na construção de laços familiares fortes, empáticos e duradouros.
E é exatamente essa a grande lacuna que observamos em nossa sociedade. Enquanto acumulamos diplomas e habilidades materiais que nos permitem ascender profissionalmente, muitas vezes nos encontramos desorientados e despreparados para lidar com a complexidade dos relacionamentos humanos, que são a base de nossa felicidade e bem-estar.

Somos uma sociedade rica em habilidades técnicas e materiais, mas, paradoxalmente, empobrecida em habilidades emocionais e espirituais. As ferramentas para construir um prédio são ensinadas com rigor, mas as ferramentas para construir um casamento sólido ou um lar harmonioso são frequentemente deixadas ao acaso, à intuição ou, pior, à repetição de padrões disfuncionais.
Essa falta de preparo formal não significa que as pessoas não se importem. Pelo contrário! A dor de um relacionamento em crise, a angústia de não saber como lidar com um filho, o sofrimento de uma família desestruturada são testemunhos da profunda necessidade humana de conexão e pertencimento. A diferença é que, para essas áreas vitais, não recebemos o "treinamento" adequado, a "teoria" e a "prática" que recebemos para outras profissões.
É por isso que a busca por conhecimento em Inteligência Emocional, comportamento humano, e as dinâmicas de relacionamento – seja através de livros, cursos, mentorias ou coaching – torna-se não apenas um diferencial, mas uma urgência. Investir em "Casamentologia", "Paternologia", "Maternologia" e "Familiologia" (mesmo que informais) é investir na construção de indivíduos mais plenos, famílias mais saudáveis e uma sociedade mais equilibrada.
A verdadeira prosperidade não se mede apenas pelo sucesso profissional, mas pela riqueza de nossos relacionamentos. É tempo de reconhecermos que as habilidades emocionais e espirituais são, de fato, as mais necessárias para a vida, e de buscarmos ativamente o conhecimento que nos capacite a amar, educar e conviver de forma mais consciente e eficaz.



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