Setembro Amarelo: A Cor da Esperança em Meio à Dor Silenciosa
- dornellasnatanael
- 1 de set.
- 4 min de leitura
Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio, um tema que, embora difícil, é crucial de ser abordado. É o momento de iluminar as sombras, de falar abertamente sobre a dor que muitas vezes se esconde por trás de sorrisos e rotinas, e de reafirmar que a vida sempre vale a pena.

Um Chamado por Ajuda que Não Escolhe Gênero ou Idade
A dor que leva alguém a considerar o suicídio é profunda e, muitas vezes, invisível. Ela atinge homens e mulheres de todas as idades, e se manifesta de maneiras distintas, mas com a mesma intensidade avassaladora.
Para os Homens: A sociedade ainda impõe a ideia de que homens devem ser fortes, inabaláveis, o que muitas vezes os impede de expressar suas vulnerabilidades. A pressão para serem provedores, a dificuldade em falar sobre sentimentos, e o estigma de buscar ajuda psicológica podem levar a um isolamento profundo, onde a dor é internalizada até se tornar insuportável.
Para as Mulheres: Embora socialmente mais "permitidas" a expressar emoções, as mulheres enfrentam outras pressões: o acúmulo de papéis (mãe, profissional, esposa), a busca por um ideal de perfeição inatingível, e a sobrecarga emocional. A dor pode vir acompanhada de sentimentos de culpa, inadequação e exaustão, que minam a capacidade de ver uma saída.
Para Jovens e Adolescentes: Esta é uma fase de intensas transformações e descobertas, mas também de grande vulnerabilidade. Pressões acadêmicas, bullying (físico ou online), a busca por aceitação social, crises de identidade, questões relacionadas à sexualidade, problemas familiares e o impacto das redes sociais podem gerar um turbilhão de emoções. A falta de repertório emocional para lidar com essas dores, somada à impulsividade típica da idade, torna essa faixa etária particularmente em risco.
Para Idosos: A terceira idade, muitas vezes idealizada, também pode ser um período de grande fragilidade emocional. A perda da independência física, o luto por amigos e familiares, o diagnóstico de doenças crônicas ou degenerativas, a diminuição da participação social e a sensação de perda de propósito após a aposentadoria são fatores que podem gerar um profundo sentimento de solidão e desesperança. O isolamento social é uma realidade para muitos idosos, e a percepção de que são um "peso" para a família pode agravar a dor, levando a pensamentos suicidas.
O Que Leva Alguém a Esse Limite?
As motivações são complexas e multifacetadas, raramente se resumindo a um único fator. Podem incluir:
Problemas Financeiros: Dívidas, desemprego ou a incapacidade de prover para a família.
Conflitos em Relacionamentos: Separações dolorosas, brigas familiares, luto por perdas significativas.
Transtornos Mentais: Depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos alimentares, que muitas vezes não são diagnosticados ou tratados.
Traumas e Abusos: Experiências passadas de violência física, sexual ou psicológica.
Sentimento de Desesperança e Falta de Propósito: A sensação de que não há saída, de que nada vai melhorar e de que a vida perdeu o sentido.
Pressões Sociais e Profissionais: Metas inatingíveis, competitividade excessiva, fracassos percebidos.
Bullying e Cyberbullying: Ataques constantes que destroem a autoestima e geram isolamento.
Doenças Crônicas ou Degenerativas: O sofrimento físico e emocional de uma condição de saúde limitante.
Uso Abusivo de Álcool e Drogas: Substâncias que podem agravar transtornos mentais e diminuir o senso crítico.
Como Construir um Caminho para a Luz
A prevenção do suicídio é uma responsabilidade coletiva e envolve quebrar o silêncio, oferecer apoio e fortalecer a saúde mental.
Quebrar o Estigma: Falar abertamente sobre saúde mental é o primeiro passo. Suicídio não é falta de fé, fraqueza ou covardia, mas sim o ápice de uma dor que precisa de tratamento.
Atenção aos Sinais: Fique atento a mudanças de comportamento, isolamento, perda de interesse em atividades antes prazerosas, desabafo sobre desesperança, irritabilidade excessiva, alterações no sono ou apetite.
Oferecer Escuta Ativa e Sem Julgamentos: Permita que a pessoa se expresse. Muitas vezes, só ser ouvido já é um alívio imenso. Valide a dor dela, sem minimizar o que ela está sentindo.
Incentivar a Busca por Ajuda Profissional: Psicoterapeutas, psiquiatras, coaches e outros profissionais da saúde mental são fundamentais. Eles oferecem ferramentas, estratégias e, quando necessário, medicação para lidar com a dor e construir resiliência.
Fortalecer a Inteligência Emocional: Desenvolver a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, além de lidar com as emoções dos outros, é vital para navegar pelos desafios da vida.
Construir Redes de Apoio: Família, amigos, grupos de apoio, comunidades religiosas – ter pessoas em quem confiar e com quem compartilhar é um pilar fundamental.
Promover o Autoconhecimento: Entender suas forças, seus valores, sua linguagem de comunicação e suas âncoras de carreira pode dar um novo sentido à vida e ajudar a ressignificar experiências dolorosas.
Seu Caminho para a Ressignificação
Se você ou alguém que você conhece está passando por um momento de dor intensa, saiba que não precisa enfrentar isso sozinho. A ajuda está disponível e é um ato de coragem buscá-la.
Como Natanael Dornelas, Especialista em Inteligência Emocional e Analista Comportamental, dedico minha vida a ajudar pessoas a construírem uma vida mais leve e próspera. Acredito que a transformação começa pelo autoconhecimento e pela capacidade de ressignificar experiências.
Através do Coaching de Relacionamento – seja para casais, pais e filhos, sócios ou líderes – e da solução de problemas ligados à Inteligência Emocional e Comportamental, eu ofereço um espaço seguro e ferramentas eficazes para que você possa:
Identificar suas forças pessoais e desenvolver uma comunicação mais assertiva.
Compreender suas âncoras de carreira, encontrando propósito em sua jornada profissional.
Construir uma saúde mental sólida, especialmente para aqueles que são pais, através de métodos como os abordados no meu curso "Construindo a Saúde Mental dos Filhos".
Desenvolver sua Inteligência Emocional, seja você homem, mulher ou líder, com cursos específicos para cada perfil.
Ressignificar traumas e crenças limitantes, transformando a dor em aprendizado e crescimento.
Ofereço também avaliações como a Avaliação de Identidade (DISC), Forças Pessoais, Linguagem de Comunicação e Âncoras de Carreiras, que são mapas valiosos para o seu autoconhecimento e para a construção de um futuro com mais bem-estar.
Lembre-se: Setembro Amarelo é um convite à vida. É um lembrete de que há esperança, que a dor é temporária e que você é mais forte do que imagina. Se precisar de apoio, ou se sentir que pode ajudar alguém, não hesite em procurar ou oferecer ajuda profissional.



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